quinta-feira, 17 de setembro de 2009

burro a olhar para o palácio?No way!!

Há coisas incriveís!!
(frase batida retirada de um anúncio publicitário que tão bem se aplica ao meu novo escrito)

Aproveitando a conveniência de ter o "marido" sempre agarrado ao computador a jogar numa guild qualquer para "destressar" de mais um dia de trabalho, aproveito a deixa para me agarrar de unhas e dentes ao meu fiel amigo para relatar mais um dos meus maravilhosos dias que há aos poucos deixa as palavras banal e normal fora do meu dicionário diário.
Poderia começar a falar da noite de ontem, mas volto mais atrás e começo pela tarde. Enfiei na cabeça (e quando me mentalizo...) que tinha de me por para aí a tonificar as peles malandras que me escondem os abdominais. Talvez tenha sido influênciada pela conversa de duas tontas que não paravam de falar de exercícios, enquanto estávamos num belo miradouro num dos guettos da cidade (mandado construír por ti) ou apenas porque acordei gorda e mal humorada. Bem, não faz mal. De tarde peguei na minha irmã mais nova e lá fui eu vestida a rigor e a condizer andar pelo longo calçadão da praia. E que caminhada incrível. Com direito a tudo, conversas do antigamente, conversas do agora, conversas do amanhã e com tempo para perder a carteira com 18€ e o cartão multibanco. Fogo e tu nunca mais dizias nada, mas que reunião mais chata e longa com o teu namorado patrão..e o tempo passava, passava. "Querem vir cá ter?".. Ohhhh que pergunta claro que quero, quero sempre. Mas vou assim? vestida desta maneira? Possa na praia tudo bem, que todos os gatos são pardos, mas fora desse ambiente pareço que vou para o ataque com esta roupa, uma rameirazinha desportista. Ok, lá encontrei um tope. Muito mais decente. O teu sorrisinho estava mais lindo do que nunca, e com pioneses bem cravados nessas bochechas tives-te de ir para os teus treinos. Roupinha gira a tua, parecias uma bandeirinha às cores de um país alegre.Ohh e lá foste. Confesso que colei o nariz ao vidro para te ver ao longe, linda e aos pulinhos. Parecia uma mãe orgulhosa. Olhei para ti o quanto a vista alcançava e enquanto bebia um ucal em tua honra. Tive que sair e correr para mais uma jornada. Nesse curto espaço de tempo ainda consegui rir e chorar durante o caminho. Porque tenho amigas, tu sabes quais que me puxam e me metem os dedos nas feridas e que fazem questão de não me deixarem criar crosta. Patetas com sentimentos.
Agora começa a jornada/noitada/dia. E começa como?Entre copos e chouriço assado regado com vinho e um martinizinho a acompanhar de uma bela vista das mais belas cidades. Ui, ui..caramba, quem não sabe beber não bebe. Alguém me deveria ter dito isso antes de eu perguntar com uma, sempre, bonita postura à senhora : "a casa de banho onde é por favor?", mas também poderia ter-lhe perguntado: "rápido uma sanita, onde é a sanita?tenho que vomitar as entranhas" , lá vou eu. Com o diabo no corpo, apetecia-me dançar e com jeitinho, com jeitinho vai sempre, lá o nosso casal miminhos lá nos levou a mexer o corpo até às docas. Dancei e ri até me doer. E óbvio que aproveitei para te sentir o aroma que se entranha em todo o lado. Depois do bailarico a verdade é que nunca tive intensões de ir logo para casa. Mas também não tinha planeado nada do que veio a seguir. A minha ideia era deixá-los ir e convidar-te para ver o nascer do sol em qualquer banco do jardim e quem sabe encontrar uma estrela cadente só para mim. Mas vamos, vamos embora que eu quero, que o que eu mais quero é descobrir novos caminhos. Pareceu-me não tares muito convencida que o faria..que engano teu. E lá vamos duas tontas pela madrugada fora sem um destino muito defenido. O bom entre nós é que nunca sabemos bem onde vamos dar. E demos onde? a um caminho pedestre que tu achas-te que podiamos ir na "nossa viatura", e improvisamos as mais estranhas e fantásticas instalaçoes dentro do mesmo. Um hotel 5 estrelas não teria o mm efeito em mim. Que maravilha, eu pela segunda vez a dormir dentro de um carro. Manhã linda, azul. Tudo perfeito mais uma vez, como sempre. Dor de cabeça fantástica, farmácia rápido. Ok já passou. Café simpático com comida da avózinha. E agora passamos ao nosso cabo! que lindo que lindo! Uma caminhada porque não. Apenas 5 km entre rochas, falésia e semi floresta. O melhor foi o silêncio das muitas vezes que caminhamos só de mão dada. Apenas sentia o bater do coração e o vento a acariciar-me a cara. Tudo perfeito. O sol, estava tudo (como tu muitas vezes dizes) enquanto bebiamos café e falavamos de qualquer coisa. Magnifico. E agora que o dia está a terminar?para que poiso vamos?? Que tal um jardim?? só para terminar em grande a nossa noitinha. E que jardim. E esta frase que me acompanha sempre surge mais do que nunca apropriada. "E quando pensas que já nada mais te surpreende heis que..." ...Heis que dois agentes da autoridade nos abordam : "o que estão a fazer aqui?". Confesso qua já sabia que aquilo ia dar molho quando te vi a olhar de lado para o sô polícia. Confesso que já me estava a rir muito antes de sequer imaginar o que ali vinha. "Façam o favor de me acompanhar, a vosssa identificação". Aí que morro de tanto aguentar o riso. Aí que morro de te ouvir a falar. Aí que morro a rir e ronco só de ver a cara dela. Oh quem me dera puder tirar uma fotografia sem ir para a esquadra da policia. Tu só tu, só contigo me poderia acontecer uma coisa dessas. Tu que não sabes falar sem ser daquela maneira, tu que só sabes ser Tu. E termina assim (termina??ohhh que raiva) mais um dia. Mais um dia perfeito. Mais um dia diferente dos outros, mais um dia contigo.
E repito a frase que inicialmente não entendes-te quando ta escrevi. A vida ao fim e ao cabo só nos dá o que lhe oferecemos.
dás-me frio na barriga:)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Dá-me a mão porque não faz mal

A vida sabe-me a tabaco louro, como outrora li num livro de Fernando Pessoa. É tão bom, mas tão efémero..por favor não corras tanto. Transforma uma hora num dia, um dia numa semana, uma semana num mês. Dá-me mais tempo para cheirar o vento, o sol, as árvores. Deixa-me decorar o som das folhas. Deixa-me fazer coroas de folhas para por nos cabelos e caminhar sobre a terra húmida.
Rodopio. Rodo, rodo, rodo até ficar tonta. Até me rir como uma criança no meio do chão. Rebola na relva comigo para sentires o cheiro da erva húmida a envolver-nos os corpos. Perguntas-me porquê, porque faço isto? Porque gosto. Porque posso faze-lo contigo. Porque não? porque não faze-lo? Deixa-me cheirar as flores e cheira-as também, porque amanhã podemos não senti-las. Deixa-me por-te a mão fria na barriga quente. Deixa-me rir quando olho para a tua cara quando reviras os olhos com algo que eu disse, possivelmente patético. "Só dizes palermices"- "Vamos falar de quê? Política?" "Não", "Religião?" "Não, eu gosto de estupidezes(??)". Vamos continuar a dizer "estupidezes".
Deixa-me ser adulta com a consciência de uma criança, e rir até me doer as costelas, rir até me virem as lágrimas aos olhos. Sobe a mais árvores comigo. Porque isso não tem mal.

domingo, 13 de setembro de 2009

Amor Ódio

Doí-me tudo, mas não me doí, os braços, as pernas, os pés. Doi-me tudo, mas não me doí o estômago, a barriga, o figado...Quero que me leias hoje.
Adoro, adoro-te o cheiro, o toque, o sorriso, a pele, a voz, o olhos, as orelhas, o cabelo. Odeio adorar tanto mas tanto. Ontem dissemos em tom de brincadeira: "Que raío de amizade é esta? É o raío da amizade" , uma amizade que não quero perder nunca, porque gosto, porque não quero perder nunca, eu e o meu umbigo, o meu umbigo e eu não queremos perder-te nunca porque acreditamos (umbigo altruísta) que temos mais o que nos liga do que aquilo que nos afasta, temos mais coisas que nos fazem felizes do que aquelas que nos fazem mal. Hoje acordei triste, por por ele, por ti, e por mim.
..Porque te amo, amo, amo, amo, porque te odeio. Porque o amo.

Pobre coração.

sábado, 12 de setembro de 2009

Dancing with myself
Descalço os sapatos, e caminho sobre os azulejos gelados porque hoje apetece-me. Sinto-me bem. Dispo-me de joias, dispo as calças, a camisa, retiro a maquiagem e deixo o cabelo cair-me pelas costas. Deito-me no chão. Ui..tá frio!! oh, que bom. O cigarro queima enquanto atiro o fumo pela janela e não penso em nada, só sinto.Hoje é o meu primeiro dia de férias. Como ansiei isto. Não tenho planos, só sei onde estou neste momento e isso nem me trás confusão, nem o nervosinho miúdo do costume. Acordei tarde, e andei a arrastar-me pela casa como se estivesse no fundo de desemprego há longos meses, de pijama, desengonçada e a fazer zapping pelos canais. O telémovel está cheio de mensagens e chamadas não atendidas..a minha ligação obrigatória com o mundo. Um amigo telefonou-me umas seis vezes sem contar com as mensagens de desespero. Que venha eu recebo-o de braços abertos e sorriso de orelha a orelha. Vamos lá então... O emprego, a ex-namorada que ainda ama, o ódio, a raiva, o medo, o orgulho, a insegurança. O que é que eu faço?? O que farias tu se fosses eu? Como hei-de agir?O que hei-de fazer?...Anda cá, anda babes que eu abraço-te. Posso não saber o que te dizer mas conforto-te. "Procura rodear-te apenas do que é bom, de quem te faz bem. O resto deixa para trás. Ódio?? vingança?para quê? Para quê desperdiçar energias e tempo numa coisa que além de nós fazer mal e nos consumir nos faz perder tempo?Tempo que poderia ser passado com os amigos ou a ver um nascer do sol. Ou a deixar amar quem te quer amar."Retirei dois livros da prateleira..novinhos. Vou degostar cada letra estas férias.Chega de paneleirices sentimentalitas que eu sou uma pessoa bem disposta, pateticamente bem disposta, e gosto de rir e ser feliz. E nestas férias vou rebolar num jardim qualquer e chegar a casa com os joelhos esfolados de relva. Vou rir com as amigas e gozar com as mesmas de sempre. Hoje sinto, amanha quero sentir, e depois, e depois, e depois..também quero sentir, os azulejos frios nos meus pés feiosos (maldita herança genética) deitar-me nua e fumar um outro cigarro como quem fuma a vida.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

respondo-te assim

Não resisto a responder-te. Que vontade de rir, obrigas-me a retirar os pioneses da pochete e a espetá-los novamente nas bochechas. O que te respondi eu?? a isso de eu ser menina mas gostar de aventura?Gostava de saber...Apareces-te vinda sei lá de onde (nem me interessa), chegas-te e entras-te na minha vida, e nem me apercebi bem como. Que parva, que irritante...pára lá de rodear as unhas que me dás cabo do sistema nervoso..que parva , que irritante... Tens que por o creme assim?..que parva que irritante...essa maneira de dançar não me convence..que irritante...essa maneira de ser que ninguém tem, essa maneira de ver que ninguém vê?que linda:) Gosto. Hoje eu "tenho-te presa a ti como num laço" e não procurei..só cheguei

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Aperta-me até me esmagares

Apesar do título cativante (ou não), hoje, deixo apenas uma passagem de um dos livros da minha vida.

"Vem conversar comigo - propôs o principezinho à raposa. - Estou tão triste!
-Não posso - disse a raposa. - AInda ninguém me cativou.
-Ah, perdão! - disse o principezinho. - E o que quer dizer cativar?
-Quer dizer criar laços - respondeu a raposa. - Não passas para mim de um rapazinho igual a outros cem mil rapazinhos. E não preciso de ti. E tu tão-pouco precisas de mim. Não passo para ti de uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no mundo. Serei para ti única no mundo...
-Eu gostaria muito - respondeu o principezinho -, mas não tenho muito tempo. Tenho de fazer amigos e conhecer muitas coisas.
-Apenas se conhecem as coisas às quais somos capazes de dedicar tempo - disse a raposa. - Se na verdade queres ter um amigo, cativa-me!
Assim, o principezinho cativou a raposa e deixou-se cativar por ela.
E quando se aproximou a hora da partida...
-Ai, acho que vou chorar - lamentou-se a raposa.
-A culpa é tua - disse o principezinho. - Eu não queria fazer-te mal, mas tu quiseste que eu te cativasse.
-Sim - concordou a raposa.
-Mas vais chorar! - exclamou o principezinho.
-Sim - disse a raposa.
-Então, não ganhaste nada.
-Ganhei - respondeu a raposa - por causa da cor do trigo... Vês, ali, os campos de espigas? Eu não como pão. Para mim, o trigo é inútil. Os campos de espigas nunca significaram nada para mim. E isso é muito triste! Mas tu... Tu tens o cabelo cor de ouro. Quando te tiveres ido embora, o trigo dourado fará lembrar-me de ti. E pela primeira vez amarei o ruído do vento no trigo...
-Adeus - disse o principezinho.
-Adeus - disse a raposa, e ficou durante muito tempo a olhar extasiada para os campos de trigo e a ouvir o vento assobiar entre as espigas.
O principezinho seguiu o seu caminho e notou com alegria que cada árvore lhe recordava a cor do pêlo da sua amiga raposa."
inchada---->( )( )

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Á procura

Quero falar do que fui...
Um dia acreditei que um indiana jones me viesse resgatar e me levasse para longe, para um mundo de aventuras, onde correriamos de mãos dadas a fugir de bolas de pedra numa ravina. Iamos salvar o mundo e ainda ter tempo para nos deitar-mos ao sol numa clareira enquanto ouviamos as gaivotas voar. Depois passou. Um dia acreditei que podia, com uma mochila às costas voar para outro continente, conhecer pessoas novas e mudar-lhes a vida só com um sorriso. Ficou a vontade, depois passou. Um dia acreditei, que podia ser bailarina e calcar o gelo como quem dança uma valsa graciosa, numa pista onde a multidão me aplaudisse com eúforia.Depois percebi que não sabia faze-lo. Na meninice, todos os sonhos são perfeitos e possiveis. No 5ºano tive a minha primeira paixão. Chamava-se Nuno Machado, nunca me consegui esquecer. Era lindo, o miudo mais giro e popular. Um dia houve um torneio de futebol na escola e eu ,que sempre tive dois pés esquerdos e nenhuma queda para correr atrás de bolas, esforcei-me tanto que consegui entrar na equipe de futebol . Ele ía ser o árbrito. Não me lembro se ganhámos ou não, lembro-me apenas de cair e de ele me levantar com os braços. Queria morrer ali naquele momento. Nesse dia escrevi a primeira carta de amor da minha vida. Dobrei-a bem num envelope perfumado cor de rosa que roubei à mãe. Respirei fundo de tão vermelha, e pedi a uma amiga que lha entregasse na fila do almoço. Fui a correr para a casa de banho com borboletas na barriga. Não aguentei e fui espreitar. PUM PUM PUM, AI QUE O MEU CORAÇÃO REBENTA. E ele, sorriu, feliz de ter recebido a primeira carta de amor, mas como rapazolas que era, parvo, amarrotou-a com desdem no bolso. Que pontapé!!! Ahhh. Então é assim que tratam o amor verdadeiro?? Corri para a fila em direccão ao Nuno, retirei-lhe a carta do bolso e dei a minha primeira e mais forte chapada num homem. Odiava-o... Nunca mais escrevi uma carta de amor sem saber se me amavam. Jurei a mim mesma que nunca mais iria sofrer, amar demais alguém para que depois amarrotassem o meu coração.
De manhã acordei e senti-me mulher, o que queria era olhar para o meu umbigo e salvar-me a mim. Fui crescendo sem nunca esquecer a minha promessa. Tive tantas paixões, mas mal sentia que estava a gostar muito apanhava boleia do vento e voava dali para fora. Foi nessa altura precisamente que aprendi que é possivel racionalizar grande parte do que sentimos. Aprendi a controlar-me muito bem. Fui crescendo, sempre com as pessoas certas, as que me estavam no fado da vida. Amei, e amo intensamente cada uma delas, mesmo as que só ficaram por momentos. Mais uns anos em cima e entendi que não existem seres divinos além de Deus. Somos todos humanos, e como humanos que somos erramos. Aprendi a perdoar. E quando aprendi a perdoar aprendi que não há amor nem amizade nem sentimento pouco palpavel com música de fundo como nas novelas. Não fiquei desiludida. Não faz mal. Aprecio cada flor, cada cheiro, cada paisagem, cada cor, cada emoção como se fosse a última, porque amanhã pode ser tudo diferente. Por isso gosto de provar muitas vezes sempre a mesma coisa, pode ser que hoje nem goste mas amanhã até goste, porque me vai saber doutra maneira.
Falo do que sou...

era eu a convencer-te que gostas de mim
e tu a convenceres-te que não é bem assim...
Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro
e tu a argumentares, os teus inevitaveis
Eras tu a dançares em pleno diae eu encostado como quem não vê
eras tu a falar para esconder a saudade
e eu a esconder-me do que não se dizia
Afinal quebramos os dois
Desviando os olhos por sentir a verdade
juravas a certeza da mentira
mas sem queimar demais
sem querer extinguir o que já se sabia
eu fugia do toque como do cheiro
por saber que era o fim da roupa vestida
que inventara no meio do escuro onde estavas
por ver o desespero na cor que trazias...
Afinal quebramos os dois
Era eu a despir-te do que era pequeno
e tu puxares me para um lado mais perto
onde contamos histórias que nos atam
ao silêncio dos lábios que nos mata
eras tu a ficar por não saber partir...
e eu a rezar para que desaparecesses...
era eu a rezar para que ficasses...
e tu a ficares enquanto saías..
não nos tocamos enquanto saías
não nos tocamos enquanto saímos
não nos tocamos e vamos fugindo
porque quebramos como crianças
afinal quebramos os doise é quase pecado o que se deixa...
é quase pecado o que se ignora...

terça-feira, 8 de setembro de 2009



Esta manhã acordei decidida a resolver tudo e mais alguma coisa de burocracia que tinha para tratar. Mal acordei, saltei da cama, nem me espreguicei, e olhei lá para fora..ohhhhhhhh que bom que dia lindo lindo lindo. Levei o amor de sempre a o trabalho e arranquei para o banco. Descobri uma coisa que se chama depósitos directos e que fazem com que não perca tempo em filas enormes..sou tão antiga, mas tão antiga, que nem sabia que isto existia. A seguir corri para comprar perfume para o carro, porque estava tão mau que se podia apanhar gripe A de certeza lá dentro. Buscar o pai, e oficina. Oh meu Deus, aqui estou eu na oficina, eu na oficina. Defino a minha versão de oficina: Senhores tarados de macacão azul petróleo, com uma caneta na orelha que quando vêm uma rapariga dizem coisas como "já comia qualquer coisa". Nem o meu pai me safou. Enquanto esperava tive vontade de fazer xixi, e pedi gentilmente ao senhor se não tinha uma toillet. E ter tinha, forradinha com posters de mulheres nuas, muitas delas dos anos 90 vestidas à madonna porno a chupar os dedos. No meio ainda lá tava a Ana Malhoa como capa da playboy. Assunto resolvido. Caramba, fogooooo...a merda do sinal do airbag apareceu de novo. Alguém me explica porque raio apareceu isto, a dois dias de ir à inspecção? Era capaz de partir uma perninha a alguém. Estou a ficar desiludida com o meu dia..

Este fim de semana saí de Lisboa com as miudas...foi metade uma merda e outra metade perfeito.

Ácerca destes três dias de fugida de lisboa, e porque também não me apetece pensar muito nisso, só reti o que me interessou, as paisagens lindas de morrer, o facto de comer comidinha caseira e boa, estar na varanda na noite de quinta a conversar e a olhar para o ceu, deitar-me na "relva" da barragem a ouvir o silêncio, ir apanhar tomates e pimentos à horta :) acampamento selvagem, comer atum e sardinhas em lata as 10 horas da manha e a xao avassaladora. Estou a aprender a lidar com isto.

Ontem durante a tarde o amor de sempre disse-me que tinha saudades minhas, muitas mesmo, e que se sente carente..Fogo, quando fui para casa dei-lhe festinhas nos cabelos até ele adormecer, senti aquele cheirinho familiar, a casa, a lar. Sei perfeitamente o que ele tá a passar, o que eu já passei por ele. Mas apesar de tar tão ligada a ele, ao que vivemos juntos, agora...ainda não posso, agora ainda falta muita coisa. Eu queria juro que queria, mas por enquanto ainda não consigo. Preciso mm deste espaço que ele me ta a dar para pensar repensar para ser eu longe dele. As vezes sinto muito a falta da voz doce dele, dos braços quentinhos. Mas depois, depois, quando lá tou não consigo estar toda lá, não consigo parar de pensar no quanto eu preferia estar longe. Eu tento mas é demais para mim. Fico tão cansada por pensar que nem me dou conta e adormeço. Depois, depois é outro dia, um mesmo sol ainda mais deslumbrante.

Tu ajudas-me, espero que te ajude em alguma coisa, fazes-me sorrir, espero que te faça sorrir e mesmo que não seja nada, ou que seja tudo foi, é certamente das melhores coisas que me aconteceu, juro do coração:)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O meu perfeito dia desastroso

Começa a ser normal chegar atrasada a coisas importantes??........ohhhhh que desgraça. Bem não vou chorar, no minimo vou rir e no máximo atirar-me de uma cadeirinha abaixo.
Hoje acordei com a minha chefe ao telefone: "Onde é que tás??SÃO QUASE 8 HORAS E TENS UMA REUNIÃO". Bem, nem sabia que era possivel uma pessoa vestir-se em 5 minutos sem tomar banho e ficar com um ar profissional (realmente joias e um bocadinho de perfume ajudam imenso). Depois da reuniao - em que cheguei em último, quando toda a gente estava sentada e eu me tornei o centro das atenções, e pior, ainda tiveram que se levantar porque o meu lugar, que era marcado com um enorme placar com o meu nome, estava mesmo na outra ponta da mesa. Mas lá dei o meu melhor sorriso e disse: Peço imensa desculpa pelo atraso, mas não resisti a parar no café do lado. É que o café daqui é horrivel!! Vamos começar a reunião?? Optimo, quebrei o gelo, eles riram-se e lá comecei eu a falar- a minha chefe olhou para mim e eu tive que lhe dizer : "queres a verdade ou a mentira". Ela lá se riu e disse: sempre a verdade.
Pensei como poderia dizer as coisas de uma maneira simpátic, desviando o facto de ter sido irresponsavel e não por o despertador.Depois lembrei-me que uma SUPER amiga minha diz que o sexo é a melhor desculpa para tudo e todos.
- Olha desculpa, mas tive a dar uma até as duas da manha e fiquei tao podre que nem me lembrei de por o despertador.
Ela sorriu, pronto perdoada.
Ontem tive uma tarde magnifica, como sempre. Fui com a paixao avassaladora e uma amiga nova (nova para mim) à procura de henna (uma especie de tinta indiana) para fazer tatuagens. Como sempre em cima da hora, como sempre a loja fechou. Ok não faz mal temos que lá ir hoje de novo:) Antes de isso estive no carro a conversar com a minha "xao"avassaladora e lá teve a contar-me as aventuras do dia. Porque todos os dias são uma aventura. Tentei ser o mais natural possivel, muito madura a dar conselhos mas por vezes apetecia-me dizer-lhe: O que??? tu fazias o quê??? tas-te a passar??entao a tipa do algarve gosta de ti, manda mensagens a lamentar-se (porque tem a haver com umas tretas de sinceridade acima de tudo , bla, bla, bla) e e tu dizes-me assim. "Épa eu até f*di* toda, mas assim não dá. Era txau Laura!!". Ok nem vou comentar este comentário... que raiva. Esquece, esquece, nem tenho que dar palpites.. bufff.
Continuando. O resto do fim da tarde foi fantástica. Falámos de imensas coisas que me atraem e que temos em comum. E depois a amiga mistica teve a fazer-nos uma analise na carta astral...oooohhhh tudo certo tudo certo. Que medo. Ouvi tanta coisa que era eu, tal e qual eu. E Ela disse tanta coisa da "xao" avassaladora que eu achei que era verdade. Uma delicia. Não consegui ainda de parar naquilo. E sem contar que durante essa manhã, nos tinham feito numerologia. E claro tudo certo. A xao avassaladora ate me disse: "tou louca ou acho que a tua tem a haver comigo e a minha tem a haver contigo?". Eu não lhe respondi directamente a isso mas...OBVIAMENTE QUE ACHO ISSO!! OBVIAMENTE QUE ME PASSO SÓ DE OUVIR AQUELA MÚSICA QUE APARECE NA RÁDIO NOS MOMENTOS MAIS INCRIVEIS E ME DIZ TANTO".
À noite fui buscar o amor de sempre ao trabalho. Falamos de mil coisas, contei-lhe o meu dia, ele o dele (e falou-me de sushi, odeio sushi) e eu decidi que tinha chegado a hora de lhe tentar dar atenção e carinho. Porque há cerca de 3 semanas que mal lhe tocava porque simplesmente não conseguia. Claro que foi a desculpa das dores de cabeça, do bendito periodo e por fim porque simplesmente tavamos muito mal e não queria. Claro que quando se fala que queremos dar uma oportunidade há relação temos mesmo que investir. Ok, pronto, aqui vou eu cheia de pica, cheia de vontade. E uaaaaauuu, até trouxe a langerie certa, ainda bem que gastei um dinheirao neste cinto de ligas italiano. Isso poe qualquer pessoa do avesso. Beijo aqui , beijo ali, sempre sempre muito sexual. Tangas que tem fitinhas de lado, que apropriado. Adoro uma mulher bem despida, que sabe perfeitamente para onde vai e qual é o objectivo da noite (que desfrutável). Perfeito. Perfeitinho...perfeito????Oh meu Deus!! Nada, nada disso, merda, merda...vá lá sai da minha cabeça. Não invadas este espaço agora não...vá xoooo!! Merda, já te disse para saires. Porque é que insistes. Caramba.. ohhhh não!! estou a dizer coisas ao amor de sempre que são para ti. Oh que desespero. Ok, vou para cima, preciso de mandar e me concentrar. Hum..ohhhh não, tou-te a ver em todo o lado!! merda..- Querido, deixa-me ir para o lado? Vou para o lado, viro-me e arqueio as costas. Ainda bem que não tou a olhar para o amor de sempre. Ia ser apanhada de certeza...bem secalhar não ia. Os homens ficam tão parvos, que até uma cara de desespero lhes parece desejo. Pronto...hum...já sei: ahhhhhhhhhhh.....Desculpa querido, não aguentei, não consegui evitá-lo. Tu poes-me assim e pronto. OH MEU DEUS QUE FALSA!!!! fingir?? como é possivel. Isto não me acontece, isto nunca me acontece, mas eu tinha que despachar porque já me tava a passar:/
Uma fase uma fase!! Só me faltava ser infeliz num dos meus melhores talentos. Mas que merda.
mais tarde, fui a correr para o telemovel porque tinha ouvido o telemovel vibrar duas vezes e tinha a certeza, a certeza que eras tu.
Bem não faz mal, não faz mal caramba. O que tem que ser tem que ser. E de certeza, ou quase de certeza que vou conseguir controlar e agir com diplomacia. Eu prometi-te que ia. Não interessa.
Estou morta para que o dia passe a voar, que as horas me fugam da mão. estou morta para sair de Lisboa. Nem sei se vou conseguir dormir. Só sei que tenho a certeza que vou ser feliz, muito feliz estes tres dias. E é isso que quero. Nem vou pensar em mais nada que não seja ver a lua, ouvir grilos, cheirar eucalipto e andar descalça. Vento na cara. Perfeito