sábado, 3 de outubro de 2009

Regressada das féria confesso ter tido saudades de voltar rápido para meter os escritos em dia. Bem nem sei bem por onde começar...pelo fim?Comecei hoje o meu primeiro dia de trabalho. lembro-me perfeitamente de lá entrar, ver pilhas e pilhas acumuladas de trabalho como se ninguém tivesse feito nada na minha ausência e pensar que nem deveria ter tirado os pézinhos feios de dentro da cama. As mãezinhas têm sempre razão. A minha bem me disse para ficar em casa a curar esta possivel gripe A, que além de me dar este aspecto de rena rodolfo com pinguinhas a escorrer pela trombinha abaixo, me faz ficar mais velha 7 anos. Esta doença nova que arranjei para intermediar com as outras talvez se deva ao facto de ter ido passar umas fériazinhas com a minha xão avassaladora. Opá, aquilo é que foi!! Fomos pescar, fomos a espanha, fomos passear pela costa alentejana, fomos comer fora todos os dias, fomos sair todos os dias à noite como loucas com um copinho na mão, corriamos que nem umas loucas na praia para mantermos a forma...ou então foi porque durante os quatro dias que lá estivemos fomos duas vezes ao continente e uma vez às finanças para eu comprar o selo do carro. Talvez a constipação tenha, afinal e apenas a haver com o facto de passar mais tempo sem roupa do que com ela a rebolar com os pézinhos feios nos tacos frios durante dias de clausura em que mal vi o sol. será? Poderia dar promenores, sei minha melhor amiga de todas as amigas do mundo que deverias adorar... xiuuu eu sei, eu sei.
Retenho este momento, este momento mais simples que todos os outros, mais simples, insignificante aos olhos de quem não sente, de quem não sonha, de quem nunca amou. Num dos dias em que saímos, nas poucas vezes que na realidade o fizemos, senti que estavamos a voltar à realidade. E a minha realidade é sempre mais dura, é sempre mais injusta, dolorosa, custa sempre mais. Senti que tu sentis-te isso, senti que te afastas-te mais uma vez porque era assim que tinha de ser feito. Oh meu Deus, como isto me faz sentir, como isto me...ok. Não faz mal. Viemos então para casa. Deixa-me dizer-te que disfarças muito mal, quase ao meu nível. E lá andamos pela cozinha, enquanto eu ouvia aquela música que me provocou arrepios o tempo todo. Até tivemos bastante postura. Fiquei admiradissima...mas para quê?para que a seguir, numa troca ridicula de palavras me lançasse a ti, procurei os teus lábios, os lábios mais doces do mundo, os mais saborosos, os mais...bem tudo. Por fim ali ficamos, coladas, apertadas num abraço, numa pequena tentativa de dança desengonçada que me pareceu a a melhor valsa do mundo. As pequenas grandes coisas são as melhores do mundo e tu tens o sorriso mais bonito do mundo. Quem me dera que o mundo soubesse o que escondes aí dentro, quem me dera que as pessoas vissem o que vejo em ti. tu és uma caixinha de surpresas. Lol, uma prenda de Natal que comprei a mim própria, pedi para embrulhar e deixei debaixo da árvore com alguns nervos até ao Natal e depois lá vou eu abrir: "Oh meu Deus, era mesmo isto que eu queria".

Tu disses-te-me um dia "isso apenas vai piorar" , mas também naquele dia em que fomos para o meu carro com todas as bruxas lá dentro entre sinas e numerologias, olhas-te para os meus olhos quando fui fumar e beijas-te-me as lágrimas pequenas que me cairam no rosto, sugas-te-me a dor quando danças-te comigo na rua sem música alguma. Devo-to a ti. Amiga melhor que todas as amigas do mundo.

1 comentário:

  1. Começas pelo fim? Então eu começo pelo início :)

    -> Acho óptimo que metas os teus escritos em dia... Adoro ler-te!

    -> Primeiro dia de trabalho é sempre difícil por todas as razões e mais algumas, mas tenho orgulho quando dizes que gostas de regressar!

    -> Relativamente à tua mais recente doença (que ainda nunca ninguém ouviu falar), que arranjaste "para intermediar com as outras", pelos vistos a mãezinha/zona não acertou... curaste-a mais rapidamente com saídas à noite, martinis, degustações de vodkaredbull e conversas até ao nascer do Sol :)

    E agora o resto... o resto é tanta coisa que nem sei por onde começar. Mas mantenho a mesma linha e começo pelo início.
    Pelo início de uma viagem maravilhosa até à "Casa do Amor".
    Acordar ao teu lado e ouvir "é tão bom acordar contigo" foi encantador. Olhar para ti e ver-te dormir desfaz-me o coração de tão bonita que és... com o "tapador" até ao pescoço, só com a cabeçinha de fora a espreitar, olhinhos suavemente fechados, o teu cabelinho fininho, pareces um hamster enroladinho no seu ninho de lã...
    Falas do dia em que "voltámos à realidade"... sentiste, eu senti, sentiste que eu senti e eu senti que sentiste, e porra foi mesmo assim! Mas quando nos agarrámos, quando ficámos perto demais outra vez, senti umas saudades desmedidas, como se já não te visse à dois dias(só dois) e o pior, o pior é que nunca saiste dali... que sentimento é este tão avassalador, tão especial, tão recíproco, tão único, tão perfeito? Pensei que já não existia! Afinal o amor não é um jogo, como me perguntavam numa mini-tertúlia a caminho do jogo da bola. Fui a única que discordei e afirmei: Não, o amor não é um jogo, um jogo onde aplicas estratégias, pelo menos não o é o Amor verdadeiro. Alguém me respondeu: "Bem... então deves andar muito bem de amores..." Não respondi.
    Sabes o que me dá raiva? É que tudo isto é realmente perfeito. Sinto que nunca vou discutir contigo, porque é impossível discutir com uma pessoa como tu. E sabes-me levar tão bem... parece que inconscientemente me conheces à décadas e lidas com o meu feitio (que bem sei que é difícil) com uma destreza inigualável. De facto acho que não consigo discutir contigo, o que é inédito na minha vida...
    Conversar contigo foi a melhor coisa que podia ter feito... tinha medo, muito medo, medo de me entregar a uma pessoa que ainda pertence a alguém, medo da incerteza, medo da verdade, das consequências da verdade. Foi a melhor coisa que podia ter feito... porque afinal tu também tens medo.

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