Não faz mal algumas vezes ficar sozinha com pouco para fazer e ter tempo para pensar. Hoje é terca-feira. Podia atribuir a este dia da semana um significado ou outro relevante para mim.
Hoje reflecti sozinha sem qualquer tipo de apoio psicológico e sem que puxassem por mim ou me esmiuçassem até à medula. Suguei-me a mim até à medula. E como eu o fiz bem. Isto de nos perguntar-mos e nos responder-mos não é tarefa fácil não senhora. Comecei pela batida pergunta do quem sou eu. Esta foi fácil: Sexo feminino, quase 26 anos, localidade Lisboa, pequenina, umas vezes gorda outras vezes magra, por norma geralmente alegre, com algumas variações meia psicópatas de humor (quadripolaridade), que gosta de andar com pouca roupa pela casa, gatos, livros, cheiros, risadas e de dormir com os pés quentes. Isto é o básico e o básico é o essencial. Agora se for lá mais até ao fundo é que começa a complicar. Mas isto é com toda a gente, não estou sozinha nesta causa perdida. Admitindo que erro muitas vezes e com muita gente, muita genta erra e muitas vezes. Somos diferentes e isso é bom. Admitindo que faço várias vezes burrices sem pensar muito nisso, muita gente faz burrices sem pensar nisso. E isso é normal. Várias vezes sou injusta com as pessoas que estão à minha volta. As vezes sei-o outras vezes não sei. Mas quando me apercebo não fico feliz. Outras vezes chamam-me a atenção. Isso não é grave. Ironia do destino (também ele tripolar, quadripolar, etc) apanhava-me muitas vezes a dizer às minhas amigas isto:
"Não sei porque será que quando falamos umas das outras em certas situações vocês não me apontam nada. E eu farto-me de falar. Falem de mim e sobre mim, digam-me o que pensam desta ou outra atitude, não faz mal." Poucas vezes obti respostas respostas que me satisfizessem (não falo de ti flautista de hamlim). Agora passado estes anos conheço alguém que fala, e como fala e de que forma fala...Cuidado com o que desejas:) Não me importo. Aliás importo, importo-me muito. Gosto. Mesmo que até não agrade, ou não concorde, ou pelo contrário concorde com tudo é sempre bom. Bom para mim. Bom para ti. Ajuda-me sempre. Ajuda-te também. Secalhar não é assim tão fácil lidar comigo. Ou secalhar sou, mas não sabem lidar comigo. Não faz mal. Estamos cá para isto mesmo. É quase trabalho de psicóloga.
Ontem apanhas-te-me com a lágrima no canto do olho, depois de eu te ter ouvido, como se fosses uma mãe ternurenta que me ensinava a lidar com as coisas. Juro-te que não queria ter parado naquele sinal. quando te vi do outro lado do vidro a olhar par mim só pensei " Porque é que sou tão fraca".Não é que a fraqueza seja uma vergonha, nada disso. Mas sou muitas vezes sensivel no que não devia ser. Deveria ser firme e mais decidida. Mas lá tenho a tendência para o ranho e para o lenço de papel enquanto me babo. Que se espera de uma pessoa que chora no Nemo? (ainda me magoa o facto da mãe dele ter morrido, sem contar que ele era deficiente de uma das barbatanas). Ora eu gosto de ti. E quando as pessoas que gosto me dizem certas coisas eu tenho a tendência a quebrar. Mas bom para mim. A personalidade mantêm-se, mas não te minto e digo-te que acabas sempre por me limar uma aresta ou duas com estas coisas.
Gostava muito de te limar uma aresta ou duas também. Para que fique para o futuro.
Preocupo-me várias vezes contigo. Quero que saibas que me preocupo. Até me provocas alguns medos, e olha que eu sou senhora de me aventurar em grutas sem lanterna, enfrentar cobras na praia e provocar a fúria dos caranguejos das rochas.
Escrevia-te no pan pan assim:
naoseioquesenteshojemasjuroquegostavadeosabermesmoquefossedoer
acho que rimei sem querer:)
Mil e um beijinhos da franguinha
Ohhhhhhhhhh Não Chocolate
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