terça-feira, 18 de agosto de 2009

Parou o carro À frente do meu na estrada:"está tudo bem contigo? Consegues conduzir bem?" e eu respondi: "claro não há nenhum problema" , então deu-me um beijo na testa de adeus, mas por fim virou-me o rosto e beijou-me.

O dia começou estranho. Olhei cedíssimo para o relogio e vi que eram horas de trabalhar. vesti-me num pulo dei um beijo ao namorado (de longa data, de anos e anos) e lá vou eu.Estava a morrer e sono. Mensagens?nada. Ainda bem , por mais que custe vai ser melhor assim. Aqui começava o caminho para o meu delirio. Agora é assim. Tenho que pagar pelas minhas atitudes. Estou a falar, evidente sobre o facto de estar senil. Primei pensei. Óptimo, melhor assim. Mas involutariamente ía ao telemovel de 20 em 20 minutos dar uma espreitadela. E junto à hora de almoço lá estava . Falamos, o banal, nada de tocar em nada. Fingir, fingir. e eu era tão boa em controlar o que sintia. E por fim, em jeito de brincadeira pede-me para ir ver um mail que me enviou. Então o que era? (pinderiquices) de paixão:) uma música que diz ser feita para nós. Ri.Li. Depois senti que me tinham dado um pontapé no estômago. De quem é a culpa?? minha de certeza, de certeza que minha. Como é possivel não controlar o coração. Pensei que ia controlar isto tão bem. Agora vivo em sobressalto, nesta dor de te querer ter, de não te querer. E chego a casa, procuro conforto no amor de sempre, e não encontro. E ali estou eu. Sozinha. Não pedi para que isto acontecesse. Quero fugir, quero ficar!

Mais umas horas, fim do trabalho, trânsito no centro da cidade e ainda vou a correr comprar comida porque não tenho nada de jeito no frigorifico e comprar ambientadores. Adoro cheirinhos bons pela casa. Compro o de baunilha que é o meu preferido. Limpei tudo. Ficou tão bonito. Nestes momentos acho que dava perfeitamente para ser dona de casa, uma esposa perfeita...não, não sou nada disso!!pronto, lá chega a familia para eu encher de beijinhos e dar de comer. terminado o lanche vou ter com o amor de sempre. O amor de sempre é assim: calmo, muito, calmo, descontraído, de bem com a vida, gosta do campo, não arrisca muito, gosta de estar em casa, de beber uns copos com os amigos, é mimado, é menino, é homem, é paciênte e por fim temos personalidades diferentes. Em tantos anos, moldei-me muito, muito ao ponto de deixar de fazer muitas coisas que lhe desagradavam e me agradavam a mim (não era só a ele), depois parei e decidimos ter um relacionamento na base da confiança. E fui ficando calma, mais madura. Especialmente quando logo nos primeiros meses ele me deu uma desilusão enorme e eu perdoei, afinal, pensei que errar é humano e a sinceridade acima de tudo era um valor importante. Sofri, levantei-me. Quando o beijei na primeira vez decidi firmemente que era ele, era ele tudo o que precisava. E os anos foram passando, sempre melhores momentos bons do que maus. Sempre calmo sereno. Nunca sequer na minha cabeça passou a ideia de ter outra pessoa!! dlin, dlin, dlin!!! erro, erro.Errar é humano?? Mas é um erro assim tão grave se for por uma paixao avassaladora?? é que eu não sinto que esteja a fazer assim algo tão grave. Ando para a frente ou páro? Épa, disse-lhe logo ( à paixão avassaladora) isto vai dar merda, de certeza que isto não vai correr bem . Sempre fui muito perspicaz, infelizmente uma coisa é pensar e outra é fazer. Agora é assim: eu sofro, tu sofres, ele não sofre porque para ele tá sempre tudo normal, nós sofremos, e mais uma verborreia de palavras.

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