segunda-feira, 3 de maio de 2010

Ora eu quando acordei hoje já as pessoas ditas normais estavam a almoçar. Esperneio as pernas, atiro pé direito para a frente, pé esquerdo para o lado e esparracho a cabeça na almofada gorda enquanto rezo para tar bom tempo, para puder vestir o biquini e estar na minha folga.Não, não é hoje. É o terceiro dia de cinco dias de trabalho. Tenho-os contado. Agora que arranjei uma agenda que tento cumprir, daquelas com calendários, espaços para apontar tarefas e funções a cumprir, a minha vida faz mais sentido.Percebo-te melhor. Sempre admirei as pessoas que têm uma agenda, uma agenda a sério, que utilizam mesmo (e com verdadeira utilidade) para o dia a dia.Acho-as verdadeiramente adultas. Não sei quanto tempo mais vou continuar a agenda.
Os almoços com os meus país são como ir a sessões. O peso de 42 anos de casamento vê-se sempre na hora das refeições em que ninguém se entende cá em casa. O meu pai tem um sentido de humor horrível. Se não fosse meu pai gozava com ele e pregava-lhe uma rasteira para ficar sem sentidos e amarrá-lo a uma cadeira com uma etiqueta na boca. A minha mãe olha para mim em busca de apoio moral. Um horror. Não há cú para isto. Todas as pessoas deveriam namorar o resto da vida. Depois de casadas começam a odiar-se nas horas das refeições. Não quero que isso nos aconteça. Vamos namorar até não dar mais!!!que horror. Não quero que me começes a odiar pelo facto de em dias de cansaço sorver a sopa. Credo.
Bem vou levantar as asas e voar para o trabalho.

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